José de Souza Coelho, um petrolinense, industrial dedicado às suas empresas, foi prefeito de Petrolina, foi senador da República por Pernambuco e liderança da indústria em Pernambuco.

Entre os filhos mais velhos do Coronel Clementino Coelho, seu Quelê, Zé Coelho era liderança entre os seus muitos irmãos. Cultivava um cotidiano simples, dividido entre suas viagens, seu escritório em Petrolina e suas badaladas recepções com festa em sua casa nessa festeja rua Alcides Padilha.

Mas, uma grandiosa festa do calendário brasileiro, lhe irradiava o tempo para celebrar o CARNAVAL de Petrolina. Fosse uma troça na Petrolina Antiga ou no fervor da rua Souza Filho ou avenida Guararapes, no Petrolina Clube, no Iate Clube, no Clube Náutico, no Clube Palmeiras, era só observar sem muito esforço, lá estava um dos símbolos da folia, a própria cara de Petrolina, José Coelho. Era um folião interminável distribuindo sua pequena orquestra com um repertório rico de frevo e marchinhas carnavalescas. José Coelho será sempre essa cara de Petrolina. E fazer isso era instintivo, espontâneo toda alegria e fervor por sua terra, esse Zé Coelho que gostava de gente, que recolhia todo o afeto a sua pré destinada Petrolina.

Zé Coelho que reunia a melhor mesa com suas iguarias na recepção a ministros de Estado e Governadores, foram tantos. Presidentes da República e empresários de densidade nacional, tudo era um motivo especial para esse incomparável anfitrião petrolinense, com simplicidade, com uma gastronomia peculiar aos sertões de sua mamãe Josefa Coelho, matriarca de quatro costados.

As cores da cidade, com o perfume caatingueiro e as bençãos do Rio São Francisco, enfeitaram essa Petrolina indecifrável e interessada em trabalho. José Coelho tinha essa leitura de vida, na sua construção cultural, de fazer o espetáculo mais popular da Terra uma amostra grátis do carnaval com barulho momesco de Petrolina. Com dona Cleia Vianna Coelho, sua esposa inseparável, os filhos a encher a casa, José Coelho era o endereço da alegria permanente. A garantia da “cidade maravilhosa”.

Por Marcelo Damasceno.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *